Por Otávio Pilz
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Mais do que a representante de um país, a bandeira de um povo. Cathy Freeman carregou a esperança de uma Austrália mais inclusiva e integrada às suas raízes .
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Freeman é uma aborígene, os nativos da Austrália. Assim como os índios no Brasil, o povo aborígene foi massacrado pelos colonizadores e ainda sofre discriminação.
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Catherine Astrid Salome Freeman nasceu na cidade de Mackay em 1973. Iniciou no atletismo com 14 anos, e um ano depois corria os 100m rasos em 11.67 segundos.
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Em 1990, a atleta ajudou a Austrália a vencer o 4x100m nos Jogos da Comunidade Britânica. Tal feito a transformou na primeira aborigene a conquistar um ouro nos Jogos.
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Aos 19 anos, a australiana estreou nas Olimpíadas. Em Barcelona-1992 começava a trajetória nos 400m, prova que a consagraria. Acabou parando na segunda rodada.
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Nos Jogos da Comunidade de 1994 no Canadá, venceu os 200m e 400m. Festejou com a bandeira aborígene. Repreendida pelo chefe da equipe, passou a levar a do país também.
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Em Atlanta-1996 era considerada a grande rival da francesa Marie-José Pérec nos 400m. Em uma final disputadíssima, a francesa acabou deixando Freeman com a prata.
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A velocista simplesmente dominou os 400m até Sydney 2000. Levou o ouro no Mundial em 1997 e 1999. Fora das pistas por contusão em 1998, em três anos só perdeu uma prova.
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A Austrália acenava uma retratação histórica com os aborígenes. E a cerimônia de abertura dos Jogos de Sydney-2000 foi o ápice: uma aborígene acendia a pira olímpica.
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Sem Pérec, que alegou pressão externa, Freeman venceu a prova dos 400m com tranquilidade. Se tornou a primeira aborígene a conquistar um ouro olímpico individual.
Cathy Freeman Foundation
Se aposentou das pistas em 2003. É embaixadora da Fundação Aborígene para a educação, além de fundar uma ONG que visa reduzir diferenças sociais entre aborígenes e brancos.
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